Um jantar, uma frase, um toque, um olhar...
Você já parou para pensar na quantidade de ações ou situações que já tentou eternizar?
O ser humano, em especial as mulheres, tem essa tendência de buscar eternizar os momentos, as sensações e os sentimentos, porém é preciso compreender que dependendo da situação este tipo de atitude pode ser negativa para a própria pessoa e para aqueles que a rodeiam.
As pessoas que me conhecem de fato sabem que não possuo uma visão romântica da vida, muito pelo contrário sempre fui muito racional, mas assim como a maioria vira e mexe eu caio nessa pegadinha de buscar eternizar aquilo que é passageiro, creio que estender as situações e petrificar o momento seja uma espécie de defesa do ser humano, fazemos isso para nos proteger da perda, da dor, do medo.
Mas e quando isso se torna um problema?
Quantas pessoas vivem apegadas ao que já se foi, a situações já definidas, a momentos anteriores ao presente que em nada acrescentam, me impressiona a quantidade de pessoas que literalmente estão agarradas a um instante de sua história fazendo questão de salientar o pequeno ponto vivido e esquecendo de se deliciar com o hoje.
O que percebo é que muitos estão complicando a vida, ao não abrir mão do passado para viver o presente.
Ora a vida é uma sucessão de situações composta por inúmeras fases e batalhas, e cabe a cada um encarar seus sucessos e insucessos da melhor maneira possível, afinal diante da caminhada diversos obstáculos surgirão e com eles várias perdas, perdas de relacionamentos, dinheiro, afeto, sensações, emprego... Saber perder e superar as mesmas faz parte do processo evolutivo de cada ser humano, e este caminho de perdas ninguém pode evitar.
É preciso se reconhecer perdedor para poder viver, a vida só continua quando se abre mão do que passou e se encara de frente os desafios que estão por vir.
Todos nós temos nossos dilemas pessoais (dúvidas, medos, arrependimentos, amores não correspondidos, frustrações, saudades, complexos, sonhos não realizados...) mas nenhum deles devem nos assustar a tal ponto que nos travem na caminhada.
Tenho aprendido que nenhum sabor ou dissabor deve ofuscar o sentido da vida, o emprego que não veio, a relação que se rompeu, o beijo dado, o olhar trocado, as ofensas ditas... Tudo já passou, portanto tudo deve ser "sepultado", é claro que você não vai perder a memória, mas no mínimo deve deixar o passado no lugar dele, e não se prender á estação já findada.
Na vida é assim, o tempo não passa, quem passa somos nós. Ou vivemos o hoje construindo o amanhã, ou viveremos o passado projetando o ontem e eternizando o que não pode ser alterado...
Se dê a chance de construir, erguer, criar novas possibilidades... Abandone aquilo que não alimenta sua felicidade, que suga sua fé, extingua o passado mal resolvido e destrua todos os sentimentos e pensamentos que eternizam o passageiro e te prendem ao passado. Não meça a sua vida pelo que passou ou pelo que não aconteceu ainda, se abra para novas possibilidades e se lance no futuro sem medo de ser feliz.
Como diz o Pe. Fábio de Melo "Você não deve insistir em aprisionar o que não é seu, reter o que não existe mais, o que já se foi, o que já morreu, o que já partiu."
Acredite, há muito mais do que já passou! Eu creio...
Sim, eu acredito em felizes para sempre, mas também acredito que nada deve ofuscar o sentido da vida, se não deu certo passe para a próxima página e continue prosseguindo para o alvo. Não fique eternizando o que é passageiro, e não se iluda, o para sempre é feito todos os dias.
Prossiga mesmo em meio a escuridão, continue mesmo diante da morte, existe uma eternidade a ser conquistada e ela não está aqui nesta terra... Sorria, N'Ele tudo se fez novo!
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